A placenta é um órgão simbiótico, milagroso, que partilha connosco o mistério da nossa origem.
Ela é raiz generosa, uma espécie de ponte entre nós e a nossa mãe, uma suave cama uterina que nos embala, que nos carrega tal qual um navio pelas nove luas gestacionais.
A placenta é concebida no momento da nossa génese e é idêntica a nós, apesar de partilharmos a mesma identidade genética dos nossos avós, a não ser que tenhamos um irmão gémeo monozigótico, nada nem ninguém, será tão idêntico a nós quanto ela.
O sucesso do nosso desenvolvimento embrionário depende em grande parte da placenta, se o sexo é o mais rubro e escaldante azulejo no painel das nossas vidas terrenas, a placenta é com certeza a mandala no centro deste milagre.
A mitologia conta como a Mãe Terra pariu o mundo: os oceanos tornaram-se o seu líquido amniótico, e a placenta tornou-se a Árvore da Vida, e Isto demonstra como a placenta é essencial para a nossa sobrevivência e como ela é incorporada na nossa psique.
Os seres humanos funcionam de forma sistémica e estes sistemas são extremamente dinâmicos, a nossa sobrevivência depende muito da força do nosso sistema imunológico individual.
A placenta é o comandante do sistema imunológico do bebé durante o desenvolvimento embrionário.
Se as mães tivessem este conhecimento, tenho a certeza que todas elas reclamariam o direito de proteger as placentas da sua prole.
Não deixariam que as descartassem como lixo trinta segundos após o parto, seriam gentís durante a transição do parto para a vida, desta forma dariam aos filhos o melhor começo possível, ao mesmo tempo que salvaguardariam o próprio fundamento do seu sistema imunitário. uma das raízes da dualidade nos seres humanos é o corte frio das tesouras de aço, que cortam e separam prematuramente a integridade que representa a tríade pré-Natal dentro do útero.
Não deixariam que as descartassem como lixo trinta segundos após o parto, seriam gentís durante a transição do parto para a vida, desta forma dariam aos filhos o melhor começo possível, ao mesmo tempo que salvaguardariam o próprio fundamento do seu sistema imunitário. uma das raízes da dualidade nos seres humanos é o corte frio das tesouras de aço, que cortam e separam prematuramente a integridade que representa a tríade pré-Natal dentro do útero.
No Nascimento de Lótus, a forma mais extrema de não intervenção, o cordão umbilical não se corta, e a placenta é seca pela mãe; com sais e ervas secas, como alecrim ou tomilho, e muitas vezes a esta mistura são adicionados óleos Essenciais de lavanda, tea tree ou orégãos. Também dizem que os umbigos que não são cortados cicatrizam e caem mais rapidamente, por volta do terceiro dia de vida da criança.
O Nascimento Lotus é uma prática em ascensão e embora sugira uma certa complexidade logística e meticulosidade higiénica, oferece também aos pais uma transição mais gradual e os primeiros dias com o bebé tornam-se mais íntimos.
Na verdade, ninguém quer ver um bebé ainda ligado à sua placenta, pelo que as visitas serão naturalmente diminuídas. A nível bacteriológico é positivo que os primeiros dias do bebé sejam colonizados por bactérias dos seus pais, nesta fase a mãe doa, proteção imunológica através da amamentação.
Se estás gravida procura saber mais sobre o assunto, e faz uma escolha consciente para ti e para o teu bebé, caso já tenhas tido filhos, reflecte sobre este momento de corte...
E escreve num diário as sensações do parto: sensações de proximidade, vinculo ou separação.
mesmo que não estejas gravida ou não tenhas filhos, pergunta á tua mãe sobre o teu parto
sobre o corte... e os primeiros dias do teu nascimento
A placenta contém material orgânico e simbólico muito forte, esgaravata nas tuas raizes
A placenta contém material orgânico e simbólico muito forte, esgaravata nas tuas raizes
escava fundo
e reconstroi as partes
esquecidas pelo tempo...
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