segunda-feira, 2 de abril de 2018

A ditadura no "corpo" das redes sociais



No passado dia 19 de Março o facebook bloqueou a minha pagina.


MOTIVO: denuncia de um "amigo(a)" anónimo(a), que se sentiu ofendido com uma pintura que publiquei do SEC XIX, em que aparece Eva sem roupa e depois nova denuncia por uma publicação de um poema no dia mundial da mulher, em que aparece uma mulher no meio da natureza a segurar um pássaro como símbolo da liberdade, esta mulher tinha os seios despidos, a expressão desta foto era exclusivamente de carácter artístico, sentia-se uma comunhão entre a natureza e a alma feminina.


Tentei defender-me, enviando mensagens para o facebook e nunca obtive resposta o que me fez refletir a fundo sobre esta rede social.


Há 10 anos que alimento a rede social facebook com material criativo e de investigação que considero relevante para a comunidade, esta rede alimenta-se de milhões de pessoas como eu, ao contrario de redes como o youtube não atribui nenhuma regalia financeira a nenhum dos associados, e ainda fatura milhões em publicidade paga.


Estes 15 dias de bloqueio fizeram com que não pudesse responder ás mensagens de inúmeras pessoas, que tentaram contactar-me durante meio mês, pelo que considero que a rede facebook não tem qualquer respeito pela rede social que a mantém, nem por mim.


A rede facebook transporta em si o que o "Patriarcado" tem de pior, porta-se como um pai castrador, autocrata e ditador de regras e sanções fomentando a censura e o repudio pelo corpo.
Principalmente o corpo da mulher, com especial destaque para os mamilos, esses grandes produtores de leite e do pecado original.

Ao mesmo tempo que promove uma caderneta de cromos desejaveis de incontáveis caras larócas cheias de fotoshop, prontinhas para serem caçadas por umas outras quantas personas bem oleadas e perfeitas.

Nadamos num mar de mediocridade, hipocrisia e preconceito, esta forma de sancionar as pessoas faz com que vivamos no medo invisivel da exclusão social.

Este meu escrito poderá muito bem ter como sanção (tal como me ameaçaram) de fechar a minha conta, uma conta que alimento há dez anos... e que acreditei SEMPRE ser uma forma democrática de me expressar no mundo.

Esta rede não permite a livre expressão da Arte, do pensamento, do corpo ou de qualquer veiculo de desenvolvimento humano que não obedeça ás regras deste sistema fechado, que controla  acumula e ritualiza todos os nossos passos e crenças.


Somos levados a agir todos da mesma forma mediante o reflexo condicionado, da mãozinha "joinha" que nos acaricia o ego e nos empurra para correr atrás de mais aceitação nesta rede que finge que te AMA, vais para a cama sozinho agarrado á ilusão de que tens 3000 amigos que gostam de ti e que se importam contigo.

Hoje a minha vontade é levantar o meu "dedinho joinha" do MEIO para ti Mark Zuckerberg por teres criado esta teia de aprisionamento intelectual e por tentares silenciar a voz do corpo de milhares de mulheres.

O MEU CORPO É PURO
HÁ-DE SE SILENCIAR
QUANDO A MÃE TERRA 
O COMER.
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